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III IRT Domx Jundiaí – 14 a 16/04

Grata surpresa: um Torneio que agradou a todos

Há alguns meses, soube da realização de um IRT (International Rating Tournament) em Jundiaí.

Reunimos 5 enxadristas da capital (Dirk van Riemsdijk, Valmir Gôngora, Pedro Henrique, Leonardo Silva e eu) e pegamos a estrada rumo a essa cidade próxima da grande São Paulo.

Os enxadristas da capital analisam partida após o termino da 3ª rodada

Pelos moldes, um Torneio pequeno, com limitação para 30 enxadristas, taxa de inscrição justa (R$ 126 se feita até dias antes do Torneio, de uma taxa cheia de R$ 180).

O grande atrativo é ser um IRT, ou seja, permite movimentar o rating FIDE – o maior atrativo para um enxadrista que procura se aperfeiçoar e colocar em prática aquilo que treina.

Mesmo com um problema técnico que fez necessária mudança do local de jogos (apenas o primeiro dia foi na sede do Clube de Xadrez local) para um salão de festas de um prédio, todos os enxadristas curtiram bastante esse final de semana.


O que foi bom?

O pré-Torneio já foi diferente: foi criado um grupo de Whattsapp um canal de comunicação oficial do Torneio com todos os inscritos para passar informações.

Dessa forma, quando houve a informação da necessidade da mudança do local de jogos (2 dias antes do início do Torneio), todos foram atualizados da situação em tempo real e isso não criou desinformação.

O canal oficial do whattsapp ainda serviu para divulgar arquivos das planilhas dos jogadores durante o Torneio e os emparceiramentos.

Normalmente em Torneios IRT, a organização conta com mais de 1 pessoa, mesmo que não seja árbitro, para dar suporte a realização.

Nesse, apenas o Árbitro e organizador, Igor Isidro, era responsável por toda logística do Torneio: o que deveria ser um empecilho se tornou alvo de admiração dos participantes, pois até transmissão no You Tube houve, além de um ambiente acolhedor, com lanches, água e café para todos.

Igor Isidro na premiação da vice-campeã feminina, Tatiana Casante

Por essa situação peculiar, alguns enxadristas ajudaram a passar PGN (formato de arquivo que permite a reprodução de uma partida de xadrez) e também a fazer algo que nunca havia visto: a planilha já vir preenchida com o cabeçalho (nome dos enxadristas, mesa que jogariam…).

A mencionada planilha que tanto agradou aos enxadristas

Essa facilidade agradou em cheio aos participantes, que perceberam a dedicação tanto do organizador como também ajudou a criar esse clima de cooperação dos jogadores – não houve qualquer incidente disciplinar no campeonato.

Clima de cordialidade seguiu por todo o Torneio

Outro (grande) acerto: as 3 primeiras mesas do Torneio eram DGT’s*, ou seja, as partidas eram transmitidas ao vivo (no Lichess) e também no You Tube.

Vimos que até no Campeonato Brasileiro (que nas duas últimas edições foi um Aberto) há dificuldades em transmitir partidas com essas mesas (dão problema e não funcionam e em número pequeno em relação aos participantes). Nesse, para 13 mesas, havia 3 DGT’s e não houve nenhum problema técnico com elas.

Houve premiação de medalhas e troféus (simples, mas caprichados), também transmitida ao vivo, com menção honrosa por parte do Igor Isidro a participação do lendário jogador holandês naturalizado brasileiro, Dirk Dagobert van Riemsdijk – que foi o 4º colocado na classificação geral e Campeão na categoria Veterano (acima de 50 anos de idade).

Foi um grande final de semana para o xadrez em Jundiaí, certamente jogarei mais Torneios lá.


*DGT – empresa holandesa que fabrica relógios eletrônicos (que permite acréscimo de tempo por lance), peças e mesas digitais (que permitem a transmissão das partidas em tempo real pela Internet).

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